Nos Estados Unidos, o surgimento de um vídeo gravado pela mulher acusada de acabar com a vida do próprio namorado pode mudar os rumos do julgamento. Sarah Boone, de 46 anos de idade, é ré na justiça pelo óbito do então companheiro, Jorge Torres Jr., que faleceu aos 42 anos, ao ficar preso dentro de uma mala, em uma casa em Winter Park, na Flórida, nos Estados Unidos.
O caso foi registrado em fevereiro de 2020, mas o julgamento de Sarah Boone acontece neste mês de outubro. Nas imagens, é possível observar a mala na qual Jorge Torres Jr. ficou preso até perder a vida por asfixia. A gravação conta com mais de um minuto, sendo que, ao fundo, a mulher que aparentemente grava dá risadas da situação e ordena à vítima que fique em silêncio.
Vídeo mostra homem preso dentro de mala antes de falecer
Na gravação, a mala, de cor azul, aparece virada de cabeça para baixo no chão da cozinha da residência. “Por tudo que você fez comigo…”, diz a mulher em um dos trechos da gravação. “Sarah!”, grita a vítima, em angústia. “Esse é o meu nome, não o use até o fim”, rebate a mulher. “É, é isso que você faz quando me asfixia”, respondeu o homem.
“Eu não consigo respirar, amor”, reclama o homem. “Isso é culpa sua”, retruca a mulher, acrescentando: “Você provavelmente deveria calar a boca. Shhh…”.
https://twitter.com/MikeSington/status/1843630720918700339/video/1
Acusada alega embriaguez
A versão que a acusada contou para a Justiça dos Estados Unidos é de que o namorado e ela bebiam Woodbridge Chardonnay, um tipo de vinho branco, enquanto trabalhavam em um quebra-cabeça e pintavam, quando iniciaram uma brincadeira de esconde-esconde. Em determinado momento, a vítima e ela teriam consensualmente decidido colocá-lo dentro da mala, com os dois dedos dele para fora.
A mulher disse ter cochilado, imaginando que o namorado pudesse sair facilmente, por estar com os dois dedos para fora. Ao acordar pela manhã, contudo, viu o homem ainda dentro da mala e, ao abri-la, encontrou-o sem nenhum tipo de reação.
A acusação, porém, alega que Sarah Boone forçou a entrada do namorado dentro da mala e que depois o impediu de sair, fechando o zíper. O caso é julgado como homicídio em segundo grau e oito advogados já participaram da defesa, com vários deles renunciando ao mandato por “diferenças irreconciliáveis”.