O caso da bebê Kiara, de apenas 8 meses, ocorrido no último fim de semana em Correia Pinto, na região serrana de Santa Catarina, comoveu a cidade e ganhou repercussão em todo o país. Durante seu velório, surgiram suspeitas de que a menina, que havia sido declarada morta no hospital, pudesse estar viva, gerando grande comoção e incerteza entre os familiares.
No velório, alguns presentes notaram possíveis indícios de vida na criança. Um farmacêutico próximo à família foi chamado e, ao usar um oxímetro, constatou uma saturação de oxigênio de 86%, sugerindo atividade vital. O Corpo de Bombeiros foi então acionado e confirmou a presença dos mesmos sinais. Em seguida, Kiara retornou para o hospital, onde novos exames foram feitos. No entanto, foi declarado óbito novamente.
Médico explica o que pode ter acontecido
João Guilherme Bezerra Alves, médico pediatra, explicou ao G1 que é possível que um bebê ou qualquer pessoa apresente movimentos involuntários mesmo após o óbito. Segundo ele, os movimentos podem ser registrados por conta da atividade residual nos músculos, que se manifestam em forma de contrações, espasmos ou liberação de gases.
No caso dos bebês, que possuem músculos e sistema nervoso ainda bastante reativos, esses espasmos tendem a ser mais evidentes, o que supostamente pode ter acontecido no caso de Kiara. O médico ressaltou que, apesar de parecer que o corpo está se movendo, não significa que a pessoa esteja viva.
Laudo preliminar aponta óbito antes do velório
O Ministério Público (MP) está investigando as condições em que ocorreu a morte de Kiara. De acordo com o órgão, um laudo cadavérico preliminar realizado na recém-nascida indicou que ela já havia falecido antes do velório.