O caso trágico envolvendo o atirador de Novo Hamburgo, Edson Fernando Crippa, continua a chocar pela brutalidade dos eventos que ocorreram entre a noite de terça-feira, 22 de outubro e a manhã de quarta-feira, 23 de outubro. O confronto, que terminou com três mortos e nove feridos, incluindo policiais e familiares do criminoso, trouxe momentos de desespero para as equipes de resgate e para os envolvidos diretamente no tiroteio. Um dos momentos mais dramáticos foi quando um dos agentes baleados suplicou por sua vida durante o intenso tiroteio.
De acordo com relatos de Gilson Amaral, Guarda Civil que esteve na cena, um colega baleado conseguiu acionar o rádio para pedir ajuda, clamando desesperadamente para ser socorrido. O agente ferido pediu aos seus colegas que o salvassem: “Pelo amor de Deus, não quero morrer”.
Atirador foi encontrado morto
Edson Fernando Crippa, de 45 anos, foi encontrado morto dentro da residência onde havia mantido a própria família refém. O ataque começou quando a Brigada Militar foi chamada para verificar denúncias de maus tratos a idosos, suspeitando que Crippa mantinha os pais em cárcere privado.
Ao chegar ao local, os policiais foram recebidos a tiros, dando início a um longo e violento confronto. Entre as vítimas fatais estão o pai do atirador, Eugênio Crippa, de 74 anos, seu irmão Everton Crippa, e o policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos, atingido durante a troca de tiros.
Operação durou várias horas
A operação de cerco e negociação com o atirador se estendeu por cerca de nove horas, enquanto as equipes tentavam conter a situação e salvar os reféns. O criminoso resistiu até o último momento, chegando a derrubar drones da polícia com disparos. Apesar dos esforços para estabelecer um diálogo, Crippa não cedeu, e as tentativas de negociação foram constantemente interrompidas pelos tiros.
O cerco só terminou quando as autoridades conseguiram entrar na casa e encontraram o atirador morto. Além dos três mortos, seis policiais e um guarda municipal ficaram feridos, assim como a mãe, a irmã e a cunhada do criminoso. As vítimas foram rapidamente levadas para atendimento médico.