Maguila, uma das grandes figuras do boxe brasileiro, faleceu nesta quinta-feira (24) em São Paulo, conforme confirmou sua esposa, Irani Pinheiro, para o portal de notícia G1. O ex-boxeador lutava contra a Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), também conhecida como demência pugilística.
A doença, que não tem cura, é decorrente de repetidas lesões na cabeça ao longo de sua carreira no boxe. Segundo os médicos do centro de repouso, onde ele estava em tratamento, o quadro de saúde se agravou nos últimos dias. Maguila foi paciente do Centro Terapêutico Anjos, na cidade de Itu, interior de São Paulo, e estava no local desde 2017.
Doença que matou Maguila é comum em alguns atletas
Maguila foi diagnosticado com ETC antes de completar 50 anos, após um longo período de sintomas confundidos com Alzheimer. O erro no diagnóstico inicial levou a um tratamento inadequado até 2015, quando o neurologista Renato Anghinah identificou a real causa de sua condição.
Os inúmeros golpes na cabeça que o lutador sofreu durante sua trajetória nos ringues contribuíram para o desenvolvimento dessa grave doença neurodegenerativa. A Encefalopatia Traumática Crônica, que ficou conhecida primeiramente entre boxeadores nos anos 1920, também pode afetar atletas de esportes como futebol americano e soldados que passaram por explosões.
Encefalopatia Traumática Crônica
A Encefalopatia Traumática Crônica se caracteriza por mudanças no comportamento, humor e funções mentais, afetando de forma progressiva a qualidade de vida dos acometidos.