Após seis anos de intenso processo judicial e clamor público, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram finalmente condenados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A sentença foi proferida nesta terça-feira (31), no Rio de Janeiro, marcando um desfecho significativo para um dos casos mais emblemáticos de violência política no Brasil.
Marielle Franco, conhecida por sua luta pelos direitos humanos e justiça social, foi brutalmente assassinada a tiros no dia 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. O crime chocou o país e gerou repercussão internacional, levantando questões sobre a segurança dos defensores de direitos humanos e a impunidade no Brasil.
Assassinos de Marielle são condenados
Ronnie Lessa, apontado como o executor dos disparos, e Élcio de Queiroz, que dirigia o veículo usado na emboscada, foram condenados após um julgamento que reuniu provas contundentes e testemunhos decisivos. Durante o processo, ficou evidente o caráter premeditado do crime, motivado pelas atividades políticas de Marielle Franco e sua posição de destaque na luta contra a violência e a desigualdade social.
Ronnie Lessa, o autor dos disparos, recebeu a pena de 78 anos e 9 meses de prisão.
Já Élcio Queiroz, que dirigiu o Cobalt usado no atentado, foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão.
Familiares das vítimas acompanharam julgamento
O julgamento contou com depoimentos emocionantes de familiares e amigos das vítimas, além de uma série de manifestações populares exigindo justiça. A viúva de Marielle, Mônica Benício, destacou a importância da sentença como uma vitória parcial, ressaltando que a verdadeira justiça só será alcançada quando todos os envolvidos, incluindo os mandantes, forem responsabilizados. Ela enfatizou que a memória e o legado de Marielle continuarão vivos na luta por um Brasil mais justo e igualitário.