Liliane Ribeiro perdeu sua filha recém-nascida durante o parto na Maternidade Estadual Albert Sabin, em Salvador, no dia 31 de outubro, e fez uma grave denúncia contra a médica responsável pelo procedimento. Segundo Liliane, a profissional teria causado um ferimento no pescoço da bebê.
A mãe afirma que a lesão foi provocada pela unha da médica, que estaria grande e com a luva rasgada no momento do parto. “Eu vi a luva dela rasgada, a luva dela estava rasgada. A unha dela estava enorme, parecia aquela unha de gel, uma unha bonita”, afirmou.
Gestante expõe maneira como foi tratada no hospital
A mãe relatou uma série de episódios de desrespeito e negligência durante sua permanência na maternidade. Mesmo com recomendação de cesárea dada por uma unidade de saúde privada, Liliane teria sido obrigada a passar pelo parto normal.
Ela também alegou que foi destratada pela equipe e, em um momento crítico do parto, a médica teria abandonado a sala sem concluir o atendimento. A equipe teria utilizado palavras agressivas, orientando-a a “parar de presepada” e a “fazer força”.
Manifestação de secretaria e da associação
Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) afirmou que vai apurar as circunstâncias do óbito da bebê com transparência. A instituição não comentou diretamente sobre a acusação feita por Liliane sobre a conduta da médica. A investigação foi formalizada pela mãe, que registrou uma ocorrência na delegacia pedindo uma perícia detalhada.
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba) se pronunciou sobre o caso, afirmando que a morte da bebê teria sido causada por uma distocia de ombro, uma complicação obstétrica que impede a passagem completa do feto. Liliane e sua família, contudo, mantêm a versão de que houve erro médico e violação dos direitos da paciente.