Após perder sua filha recém-nascida durante o parto na Maternidade Estadual Albert Sabin, Liliane Ribeiro detalhou uma série de problemas enfrentados na maternidade e acusa a médica responsável de negligência.
Segundo Liliane, a profissional estava com a luva rasgada e unhas compridas durante o parto, o que teria causado uma lesão fatal no pescoço da bebê Anabele. “Eu vi a luva dela rasgada, a luva dela estava rasgada. A unha dela estava enorme, parecia aquela unha de gel, uma unha bonita”, afirmou.
Mulher acusa hospital de violência obstétrica
Liliane contou que, embora houvesse uma recomendação para cesárea por parte de um hospital particular, foi forçada a passar pelo parto normal. Ao longo do processo, teria sido destratada pela equipe, e a médica responsável deixou a sala de parto sem finalizar o procedimento.
Quando questionada sobre o ocorrido, Liliane relatou que ouviu da equipe frases agressivas, como “pare de presepada” e que seria rasgada até o talo. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que vai investigar o caso para esclarecer as circunstâncias da morte. A Polícia Civil da Bahia, por meio da 13ª Delegacia Territorial (Cajazeiras), também conduz uma apuração.
Família contesta causa da morte
A mãe e o marido rejeitaram a afirmação do hospital de que Anabele teria nascido sem vida e solicitaram que a criança passasse por uma necropsia para avaliar as causas exatas do falecimento. Em resposta às alegações da família, a Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba) afirmou que o óbito teria ocorrido por distocia de ombro, uma condição em que o ombro do bebê fica preso, dificultando o parto. No entanto, a família contesta essa explicação e acredita que a atuação da médica foi determinante para o desfecho trágico.