Na tarde de sexta-feira (8), Vinicius Lopes Gritzbach foi executado a tiros no aeroporto de Guarulhos, em um atentado que chocou passageiros e funcionários. O empresário já era réu em um processo que investigava sua atuação na lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nos últimos meses, ele havia colaborado com o Ministério Público de São Paulo, revelando esquemas criminosos da facção. Sua colaboração incluía informações sobre atividades ilícitas e pistas que comprometiam a organização.
Empresário era investigado
Gritzbach era investigado pela lavagem de aproximadamente R$ 30 milhões provenientes do tráfico de drogas. De acordo com fontes da Polícia Federal, grande parte dessa lavagem de dinheiro foi realizada por meio de transações imobiliárias e compra e venda de postos de gasolina. Por ter exposto tais detalhes, a suspeita das autoridades é que sua morte foi uma queima de arquivo, motivada por vingança e para silenciá-lo antes que revelasse ainda mais informações.
Além de ter ajudado no desvendamento de operações da facção, Gritzbach também era visto como figura de influência no PCC, participando do chamado tribunal do crime — uma prática em que se julga a lealdade dos integrantes. O Jornal da Band exibiu imagens do momento do ataque.
Exclusivo: Veja o momento em que o empresário, Vinicius Gritzbach, é executado por criminosos no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos pic.twitter.com/DnOqYV93Qy
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) November 8, 2024
Ataque a tiros durante a tarde
O ataque aconteceu por volta das 16h, quando Vinicius, que havia chegado de Goiás, foi surpreendido ao deixar o Terminal 2 do aeroporto. Outros três indivíduos ficaram feridos, incluindo dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada. Gritzbach foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos provocados pelos tiros de fuzil disparados de um veículo preto modelo Gol.