A cantora e ativista Santrosa, de 27 anos, foi encontrada morta em circunstâncias brutais no domingo (10), um dia após seu desaparecimento em Sinop, Mato Grosso. Ela foi velada nesta segunda-feira (11) na capela municipal da cidade, onde amigos e familiares compareceram para prestar as últimas homenagens.
O caso causou grande comoção entre a comunidade local e gerou protestos por justiça devido à brutalidade do crime, que envolve sinais de tortura e execução. Durante o velório, o pai de Santrosa, Cristóvão da Rosa, expressou sua indignação com a perda da filha, enfatizando o quanto ela era amada e o vazio que deixa.
Mãe clama por justiça
A mãe de Santrosa, Nilda Salete dos Santos, clamou por justiça e afirmou que espera que os responsáveis sejam severamente punidos. Amigos próximos, como Jean de Souza Ortiz, lembraram a importância de Santrosa para a causa LGBTQIAPN+ e como ela se destacou como uma voz ativa pela inclusão e respeito.
A Polícia Civil informou que, até o momento, a principal linha de investigação descarta motivação por transfobia. Segundo o delegado Braulio Junqueira, a morte de Santrosa estaria ligada a uma possível retaliação de uma facção criminosa, o Comando Vermelho (CV), que suspeitava que ela estava repassando informações sobre o grupo. A possibilidade de que a cantora tenha se envolvido politicamente com questões ligadas ao crime local também é investigada.
Desabafo de um pai
Santrosa era uma figura pública em Sinop e havia recentemente se candidatado a vereadora pelo PSDB nas eleições municipais. Ela foi eleita suplente. O pai, Cristóvão da Rosa, desabafou sobre a morte da filha. “Um amor de pessoa! Nós a perdemos e não sabemos o motivo”, lamentou.