Brunna Gonçalves anunciou publicamente que está gestando seu primeiro filho em parceria com a cantora Ludmilla. A gravidez foi concebida por meio de um processo de fertilização in vitro, uma técnica de reprodução assistida que consiste na união do óvulo e do espermatozoide em laboratório. O Notícias da TV entrevistou duas especialistas em reprodução assistida para explicar a fertilização in vitro, um método cada vez mais comum entre mulheres que desejam engravidar.
A Dra. Graziela Canheo, especialista em reprodução humana, descreve passo a passo o processo da fertilização in vitro, desde o início do tratamento até a confirmação da gravidez. A especialista destaca que a fertilização in vitro é um dos tratamentos mais eficazes para a concepção, aumentando significativamente as chances de gravidez por ciclo.
Como é feita a fertilização in vitro
O processo inicia-se com a indução da ovulação por meio de medicamentos hormonais, administrados por aproximadamente duas semanas. Quando os folículos ovarianos alcançam o desenvolvimento ideal, é realizada uma punção para a coleta dos óvulos.
No ambiente controlado do laboratório, ocorre a fecundação dos óvulos com os espermatozoides, dando origem aos embriões. Após um período de cultivo de três a sete dias, quando os embriões alcançam o estágio de blastocisto, são transferidos para o útero materno. A Dra. Graziela Canheo salienta que o resultado do procedimento pode ser confirmado por meio de um teste de gravidez após um período médio de dez a doze dias, podendo variar conforme o desenvolvimento embrionário.
Desafios da fertilização in vitro
A Dra. Karina Tafner, ginecologista, enfatiza que a elegibilidade para a fertilização in vitro é determinada por diversos fatores. A idade reprodutiva é um critério fundamental, uma vez que a qualidade ovocitária decresce com o avançar da idade. Embora não haja um limite etário absoluto, as chances de sucesso diminuem significativamente após os 45 anos.
Além da idade cronológica, a baixa reserva ovariana representa um desafio adicional para as pacientes submetidas à fertilização in vitro. Essa condição, caracterizada por um número reduzido de óvulos e menor resposta à estimulação hormonal, compromete a eficácia do tratamento.