Nesta terça-feira (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, divulgou detalhes de uma operação contra militares suspeitos de planejar um golpe de Estado. O plano incluía monitorar autoridades como o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes, além de cogitar a execução dessas figuras públicas.
A Polícia Federal informou que as ações começaram ainda em novembro de 2022, antes da posse de Lula, após uma reunião na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto. Entre as estratégias cogitadas pelos suspeitos estavam o uso de explosivos e envenenamento em eventos públicos.
Grupo queria matar autoridades
Segundo o relatório, o grupo considerava admissível o sacrifício de vidas para atingir seus objetivos. Além de planejar ataques contra Moraes, os suspeitos também discutiram formas de eliminar o presidente Lula. Documentos revelam que uma das possibilidades seria o uso de produtos químicos para causar colapsos orgânicos.
O vice-presidente Alckmin também era alvo, com o intuito de extinguir completamente a chapa eleita. A investigação apontou que os envolvidos estavam divididos em cinco núcleos, responsáveis por ataques virtuais, desinformação sobre o processo eleitoral, planejamento de golpe de Estado e desvio de bens públicos.
Militares foram presos nesta terça-feira
A operação teve como objetivo desarticular essas atividades e preservar o Estado Democrático de Direito. As revelações sobre o plano estão repercutindo nas redes sociais. Os militares envolvidos no planejamento do assassinato foram presos nesta terça-feira. As identidades deles foram divulgadas: o policial federal Wladimir Matos Soares, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o general de brigada Mario Fernandes (na reserva) o major Rafael Martins de Oliveira e o major Rodrigo Bezerra Azevedo.