O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (19), para comentar a operação da Polícia Federal que desarticulou uma organização criminosa. Essa organização é acusada de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
A operação resultou na prisão de vários envolvidos, incluindo o general da reserva Mario Fernandes, figura de destaque no grupo. Flávio Bolsonaro levantou dúvidas sobre as acusações e ironizou os supostos planos dos envolvidos.
O filho de Jair Bolsonaro disparou: “Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de cinco pessoas tinha um plano para matar autoridades e, na sequência, eles criariam um ‘gabinete de crise’ integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam”. A declaração do senador causou grande polêmica nas redes sociais.
Mario Fernandes: a conexão militar
Entre os detidos na operação está Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro. Fernandes também integrou as Forças Especiais do Exército entre março de 2023 a março de 2024.
Fernandes também ocupou um cargo no gabinete do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, atualmente deputado federal. Segundo a PF, ele é considerado uma figura central na organização investigada.
Grupo teria planejado ataques
As investigações apontam que o grupo teria discutido o uso de métodos como envenenamento e explosivos para realizar os ataques. Em dezembro de 2022, por exemplo, os criminosos teriam planejado envenenar Lula, então presidente eleito, e utilizar artefatos explosivos contra o ministro Alexandre de Moraes.
Flávio Bolsonaro criticou a condução do caso e as decisões judiciais relacionadas à operação. “Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, criticou.