A PF (Polícia Federal) concluiu que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro teria conhecimento sobre os planos para executar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
De acordo com o Estadão, ainda nesta quinta-feira, dia 21 de novembro, a PF deve encaminhar ao STF o relatório final sobre o inquérito deflagrado para apurar uma suposta tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada por bolsonaristas nas últimas semanas do mandato presidencial, após a derrota nas urnas.
Chefes de Estado seriam executados
A suposta trama para executar Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes se tornou pública no último dia 19 de novembro, quando a imprensa noticiou a existência da chamada Operação Contragolpe, conduzida pela PF. O relatório, que conta com 220 páginas, indica que os planos seriam de envenenamento da chapa eleita e de explosão à bomba do ministro do STF.
Jair Bolsonaro, supostamente, segundo a PF, saberia do plano
No relatório, a PF mencionou em alguns momentos a possibilidade de Jair Bolsonaro estar ciente dos planos de execução e posterior golpe de Estado. Para isso, o órgão se apoiou, sobretudo, em trocas de mensagens entre os militares que foram presos na mesma operação, os quais teriam comemorado o fato de o ex-presidente da República, naquele momento, ter aceitado o “assessoramento” deles para a suposta tomada de poder.
A Operação Contragolpe resultou em prisões. Tratam-se do general do Exército Brasileiro Mário Fernandes, de três integrantes de um grupamento especial das Forças Armadas, conhecidos como Kids Pretos, e de um agente da própria PF.