A PF (Polícia Federal) concluiu os relatórios finais das operações Tempus Veritatis e Contragolpe, decorrentes de inquéritos policiais sobre o suposto plano de realizar um golpe de Estado e de executar três autoridades: o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
De acordo com a PF, para a concretização da trama para a tomada de poder, os supostos golpistas teriam articulado as execuções das três autoridades. Lula da Silva e Geraldo Alckmin seriam envenenados, ao passo que Alexandre de Moraes seria explodido com uma bomba. Ainda segundo o órgão, Jair Bolsonaro teria ciência de tudo isso.
PF diz que Jair Bolsonaro tinha ciência do plano de execução de autoridades brasileiras
A PF se baseou em conversas eletrônicas entre outros investigados, os quais teriam mencionado Jair Bolsonaro em algumas passagens, para insinuar que o ex-presidente da República tinha ciência das tratativas para a tomada de poder à força. Por exemplo, em uma dessas passagens, alguns investigados teriam comemorado entre si o fato de o capitão reformado do Exército Brasileiro ter aceitado a ideia de ser assessorado por eles — assessoramento este que seria para a execução do golpe de Estado.
PF deve encaminhar relatórios ao STF ainda nesta quinta-feira
Segundo o Estadão, os inquéritos devem ser encaminhados ao STF ainda nesta quinta-feira, dia 21 de novembro. Os documentos contariam com indiciamentos dos investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, incluindo o nome de Jair Bolsonaro.
Da Operação Contragolpe, houve cinco presos, até o momento. Tratam-se do general do Exército Brasileiro Mário Fernandes, de três membros de um grupamento especial das Forças Armadas do Brasil, conhecidos como Kids Pretos, além de um agente da própria PF.