A Polícia Civil de São Paulo está investigando uma denúncia de maus-tratos envolvendo uma escola particular em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. O caso ganhou notoriedade após a divulgação de um vídeo, no qual um aluno de quatro anos aparece amarrado a uma cadeira com um pano.
O episódio gerou indignação e questionamentos nas redes sociais sobre os protocolos adotados por instituições de ensino. O vídeo, gravado no final de outubro, veio à tona na última quarta-feira (27), quando a mãe da criança recebeu as imagens de um desconhecido, por meio de uma rede social.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) informou que um inquérito foi aberto, e as pessoas envolvidas, incluindo funcionários da escola, serão ouvidas durante a investigação. No boletim de ocorrência registrado pela mãe, ela relatou que seu filho vinha demonstrando sinais de trauma.
A criança estaria tendo pesadelos
O portal G1 informou que, de acordo com a mãe, o menino passou a gritar “sai tia” durante o sono e mostrou relutância em frequentar a escola. Essas mudanças de comportamento coincidem com a recente transferência do garoto para uma nova turma.
ABSURDO! Funcionária de creche em São Paulo amarra criança de 4 anos em cadeira e é demitida.
Durante a gravação, uma pessoa entrega a ela mais um objeto que também é usado para prender a criança pic.twitter.com/UIMyCztaVT
— Alfinetei (@ALFINETEI) December 1, 2024
O Colégio Criativa, onde o menino estudava, emitiu um comunicado oficial nas redes sociais, informando que a funcionária envolvida foi demitida. Segundo a nota, a instituição não compactua com práticas contrárias aos seus valores éticos e está colaborando com as investigações.
Mãe da criança participou de reunião com direção da escola
Durante uma reunião solicitada pela mãe, a escola admitiu que a professora do menino havia alertado a direção sobre práticas inadequadas de punição, como o uso de cadeirões. No entanto, a professora negou que crianças fossem amarradas às cadeiras, porém, as imagens do vídeo mostram algo bem diferente de tal afirmação.
A mãe também solicitou acesso a mais filmagens, mas foi informada de que a escola não possuía registros do ocorrido. A investigação policial deverá esclarecer a extensão dos maus-tratos e identificar responsabilidades.