Vereador joga dinheiro pela janela e Polícia Federal corre para recuperar tudo

Nesta terça-feira, dia 10, o vereador foi preso preventivamente, assim como outros suspeitos.

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Nesta terça-feira (10), a Polícia Federal deflagrou a Operação Overclean, em parceria com a Receita Federal. Esta operação também contou com a ajuda da Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).

A ação tem como objetivo investigar um esquema milionário de desvio de recursos públicos em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), estimado em R$ 1,4 bilhão. A operação ainda contou com o apoio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna, conhecida como Homeland Security Investigations (HSI).

O envolvimento internacional reforça a gravidade do esquema e amplia o alcance das investigações. De acordo com a Polícia Federal, o esquema consistia em direcionar dinheiro proveniente de emendas parlamentares e contratos do Dnocs para empresas e indivíduos ligados à organização criminosa.

Dinheiro deveria ser usado para combater a seca

O grupo de criminosos usava esses artifícios para desviar recursos públicos que deveriam ser destinados a obras de combate à seca e outras iniciativas no Nordeste brasileiro. Entre os alvos está o vereador Francisco Nascimento, primo do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA).

Francisco foi preso preventivamente durante a operação e protagonizou uma cena inusitada. Ao tentar se livrar de uma sacola contendo R$ 220.150 em espécie, ele a arremessou pela janela de sua casa.

Polícia Federal recuperou a sacola de dinheiro

A tentativa de destruição de provas foi frustrada, e o dinheiro foi apreendido pelas autoridades. Outro investigado, Flavio Henrique Lacerda Pimenta, foi flagrado com R$ 700 mil em espécie, também apreendidos pela Polícia Federal.

Com 17 prisões efetuadas até o momento, a Operação Overclean evidencia a dimensão do esquema e a complexidade das redes envolvidas. Além das prisões, as autoridades realizaram buscas em diversos endereços ligados aos suspeitos, com o objetivo de reunir mais provas para o caso.