Essa foi a justificativa de Alexandre de Moraes para mandar prender Braga Netto

O general Braga Netto teve decretada sua prisão por suposta participação em tentativa de golpe de Estado.

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou neste sábado, dia 14 de dezembro, a prisão do ex-ministro da Defesa do governo de Jair Bolsonaro, o general Walter Souza Braga Netto. De acordo com a fundamentação, existem provas robustas de que o investigado teria tentado obstruir as investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.

Alexandre de Moraes fundamentou a decisão com base no inquérito conduzido pela PF (Polícia Federal), indicando que Braga Netto teria auxiliado no processo de planejamento e execução do suposto golpe de Estado. O ministro se baseou, também, nos depoimentos de Mauro Cid, em novembro, os quais teriam comprovado que o general, de fato, teria agido de modo a atrapalhar a condução das investigações.

Como Alexandre de Moraes fundamentou a decisão pela prisão de Braga Netto

A decisão afirmou, ainda, que Braga Netto teria agido diretamente na denominada operação Punhal Verde e Amarelo, supostamente captando e distribuindo recursos para a execução do plano de golpe, que incluiria atentados contra as vidas da chapa eleita, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, além do próprio ministro Alexandre de Moraes.

“A Polícia Federal aponta provas robustas de que o investigado para o qual a medida cautelar é requerida concorreu para o processo de planejamento e execução de um golpe de Estado, que não se consumou por circunstâncias alheias às suas vontades, além de ter atuado no sentido de obstruir as investigações em curso, por meio de obtenção ilícita de dados de colaboração premiada”, diz a decisão.

O que acontece com Braga Netto a partir de agora?

O general sofreu o cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua casa. Ele foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, e será entregue ao Comando Militar do Leste. Dada a sua graduação militar, ficará sob a custódia do Exército Brasileiro.