Dois bebês nascidos prematuros em um hospital de Arapiraca, Alagoas, tornaram-se o centro de uma história surpreendente de troca involuntária. A descoberta aconteceu dois anos após o nascimento, por meio de um vídeo compartilhado nas redes sociais.
Os gêmeos Guilherme e Gabriel nasceram em 21 de fevereiro de 2022, prematuros e precisando de cuidados intensivos. O hospital, seguindo protocolos de COVID-19, restringiu visitas aos recém-nascidos durante a internação.
Mãe descobre que filho era gêmeo após amiga ver outra criança idêntica
Débora e Suelson, pais biológicos, acreditavam inicialmente ter gêmeos bivitelinos. Maria Aparecida criava Bernardo, o terceiro menino envolvido nesta história inesperada.
Um vídeo na creche revelou a semelhança impressionante entre as crianças. As mães descobriram que os bebês haviam sido inadvertidamente trocados durante a internação hospitalar.
Teste de DNA confirmou troca
Exames de DNA confirmaram a troca: Bernardo é filho biológico de Débora e Suelson, enquanto Guilherme pertence biologicamente a Maria Aparecida. A descoberta transformou completamente a vida das duas famílias.
Um inquérito policial foi aberto para investigar as circunstâncias da troca. O hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho informou que está colaborando com as autoridades no esclarecimento dos fatos. Já a situação jurídica permanece complexa, pois as famílias buscam uma solução que minimize o impacto emocional para as crianças, mantendo os laços afetivos já estabelecidos; assim, a defensoria pública sugere que as crianças permaneçam com as famílias que as criaram, mas com direito a convivência com suas famílias biológicas. A decisão final caberá à Justiça.
Por enquanto, as crianças continuam visitando suas famílias de origem a cada quinze dias, em um arranjo delicado que busca preservar os vínculos emocionais de todos os envolvidos.