O trágico assassinato de Mateus Bernardo Valim de Oliveira, um menino de apenas 10 anos que desapareceu em Assis (SP), ganhou contornos ainda mais sombrios com a revelação de que o principal suspeito, Luis Fernando Silla de Almeida, era amigo da família da vítima.
O homem de 46 anos, que se apresentava como um conhecido da mãe de Mateus, costumava consertar bicicletas com o garoto, estabelecendo uma relação que, segundo a Polícia Civil, se assemelhava a um “cavalo de Tróia”. Essa expressão, oriunda da mitologia grega, ilustra a maneira engenhosa como o suspeito se aproximou da família, disfarçando intenções obscuras em meio a um comportamento aparentemente amigável.
O que o vizinho falou sobre o crime
Durante uma coletiva de imprensa, o delegado Tiago Bergamo detalhou a natureza da relação de Luis com Mateus, destacando como a proximidade do suspeito com a criança foi uma estratégia para ganhar a confiança da família. Essa dinâmica revela uma faceta perturbadora do crime, onde a amizade e a confiança foram utilizadas como ferramentas para mascarar intenções cruéis.
A confissão do suspeito em relação a morte de Mateus trouxe à tona elementos alarmantes sobre sua saúde mental. Ao ser interrogado, ele afirmou ter ouvido vozes que o incitavam a cometer o crime, além de manifestar um sentimento de inveja em relação à felicidade das crianças do bairro. “E, aí, essas vozes que levaram ele a fazer esse ato aí bárbaro”, relatou o delegado.
Mais sobre o caso
Mateus desapareceu em 11 de dezembro, após sair de casa em Assis para andar de bicicleta. No mesmo dia, foi registrado em câmeras de segurança pedalando sozinho, a cerca de 1 km do local onde seu corpo foi encontrado dias depois. Em 16 de dezembro, novas imagens mostraram Mateus com um suspeito na área onde o corpo foi localizado. Na manhã seguinte, o homem foi interrogado e preso pela Polícia Civil.