A confissão do suspeito de matar Mateus Oliveira, um menino de 10 anos, abalou a comunidade de Assis (SP). O homem, de 46 anos, admitiu ter cometido o crime sob a alegação de ouvir vozes e de sentir inveja da alegria das crianças. Sua prisão revelou um lado sombrio de alguém considerado confiável pelos vizinhos e pela família da vítima.
A relação entre o suspeito e Mateus era próxima. Além de frequentar a casa de Luis Fernando Silla de Almeida, o garoto também era auxiliado em consertos de bicicleta. Esse vínculo, segundo o delegado Tiago Bergamo, foi utilizado como um meio para se aproximar do menino e executar o ato criminoso. A descrição do delegado sobre o caso como um “cavalo de Troia” ilustra bem a traição de confiança envolvida.
Mateus desapareceu no dia 11 e foi encontrado morto
O desaparecimento de Mateus mobilizou as autoridades, que usaram imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas para identificar o envolvimento do suspeito. O corpo da vítima foi localizado em uma área de mata, dias após seu sumiço, com a ajuda de cães farejadores. A brutalidade do crime chocou ainda mais a população local.
A comunidade expressou tristeza e revolta com os acontecimentos. Amigos e familiares da vítima realizaram homenagens e pediram justiça. A repercussão do caso também levantou questionamentos sobre a necessidade de identificar sinais de alerta em comportamentos suspeitos, mesmo em pessoas aparentemente inofensivas.
Delegado fala sobre o caso
O delegado Thiago Bergamo falou sobre o caso em entrevista a José Luiz Datena, no SBT. O delegado afirmou que o homem mencionou que ouviu vozes em sua cabeça. “Ele quis dizer, inventou ali um parceiro imaginário”, disse o delegado. Bergamo afirma que a Polícia Civil acredita que não houve participação de outra pessoa no crime.