Entre os desdobramentos do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os estados de Maranhão e Tocantins, o desaparecimento da caminhoneira Andreia Maria de Souza comoveu o país. Ela dirigia um caminhão carregado de ácido sulfúrico no momento do colapso e não foi encontrada até a noite desta segunda-feira (23).
Seu marido, José de Oliveira Fernandes, tem acompanhado as buscas em meio a uma mistura de dor e esperança. José, que também trabalha como caminhoneiro, relatou que o casal se encontrou pouco antes do acidente. Andreia levou uma refeição para ele enquanto aguardava o reparo em sua carreta, e depois seguiu viagem.
Marido desabafa
Segundo ele, a última conversa foi marcada por carinho, e ele não imaginava que aquele seria o último momento juntos. “Nossa dói muito, perder uma pessoa assim. Não sei nem o que dizer. Para mim ela ainda está viva, não está debaixo d’água não”, afirmou.
O acidente também trouxe sérias preocupações ambientais, pois a carga tóxica de ácido sulfúrico vazou no rio abaixo da ponte. Autoridades do Ibama investigam os danos ao ecossistema e a possível contaminação da água. Equipes de emergência trabalham para minimizar os impactos na fauna e flora locais.
Negligência levou ao desabamento de ponte
Além disso, o desabamento chamou a atenção para a segurança das rodovias brasileiras. Relatos de usuários frequentes apontam que a ponte já apresentava sinais de desgaste há anos. A negligência na manutenção foi uma tragédia anunciada. No total, uma morte foi confirmada e 16 pessoas estão desaparecidas.