Advogado do motorista suspeito de causar acidente entre carreta e ônibus diz que houve ‘falha mecânica’

O motorista da carreta estava acompanhado de seus advogados e não quis falar com a imprensa.

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Um grave acidente ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, chocou o país ao resultar na morte de 41 pessoas que estavam em um ônibus de passageiros. O episódio, que ocorreu no Vale do Mucuri, levantou questões sobre as causas e responsabilidades do desastre.

A defesa do motorista da carreta envolvida no acidente apresentou uma explicação contundente para os fatos. Segundo o advogado Raony Scheffer, o ônibus teria sofrido uma falha mecânica momentos antes da colisão fatal.

Temos testemunhas que presenciaram isso. O pneu do ônibus estourou e o veículo invadiu a contramão, atingindo a carreta conduzida pelo meu cliente”, afirmou Scheffer. A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa realizada após a liberação do motorista pela delegacia, na noite de segunda-feira (23/12).

Motorista da carreta se entregou

O motorista da carreta suspeito de provocar o acidente se entregou à polícia nesta última segunda-feira, dia 23. Ele estava acompanhado dos advogados e ficou foragido por dois dias. Ele prestou depoimento na sede do 15º Departamento de Polícia Civil em Teófilo Otoni e foi liberado em seguida.

Segundo nota divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a prisão preventiva do motorista foi solicitada, mas não acatada pela Justiça. A justificativa foi a de que ele não estava mais em situação de flagrante, como define o artigo 302 do Código Penal.

Vários corpos já foram identificados

Até a tarde desta segunda-feira, a Polícia Civil havia identificado 14 corpos, sendo que cinco já foram liberados às famílias. Inicialmente, o Instituto Médico Legal de Teófilo Otoni informou que 36 pessoas morreram no local do acidente, enquanto outras duas faleceram em atendimento hospitalar, somando 38 óbitos.

No entanto, a empresa responsável pelo ônibus atualizou esse número para 39 mortos ao divulgar os nomes das vítimas. Posteriormente, a PCMG comunicou que 41 corpos chegaram ao IML da capital, consolidando o número oficial de vítimas fatais.