O corpo de Andréia Maria de Sousa, motorista de uma das carretas envolvidas no desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, foi encontrado na terça-feira (24). A tragédia, ocorrida no último domingo (22), resultou na queda de veículos no Rio Tocantins e já contabiliza quatro vítimas fatais, enquanto outras 13 pessoas seguem desaparecidas.
Andréia transportava ácido sulfúrico em um caminhão com 76 toneladas da substância, o que agravou os riscos ambientais e dificultou os trabalhos de resgate. Além de seu veículo, outros três caminhões caíram no rio, transportando defensivos agrícolas e MDF.
Ponte foi inaugurada em 1960
O caráter tóxico das cargas atrasou as buscas subaquáticas, que só puderam ser retomadas após medidas de contenção e segurança. A ponte, inaugurada em 1960 e considerada crucial para o trânsito entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), apresentava sinais de deterioração há anos.
Relatórios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apontavam sua condição como precária, com nota 2 no Índice de Condição de Manutenção. Moradores e políticos já haviam alertado sobre rachaduras visíveis na estrutura.
Queda de ponte
Embora denúncias tenham sido feitas, medidas preventivas não foram implementadas a tempo. O vão central da ponte acabou cedendo, levando veículos e suas cargas ao rio. Especialistas indicam que a corrosão e a falta de manutenção podem ter contribuído para o colapso. A tragédia mobilizou equipes de resgate e engenheiros para investigar a causa do desabamento.