O delegado Marcos Vinícius Veloso, responsável pela investigação do caso das mortes após o consumo de um bolo no litoral norte do Rio Grande do Sul, revelou detalhes sobre as condições encontradas na casa da mulher que preparou o bolo.
A tragédia ocorreu após um café da tarde em família em Torres (RS), onde o bolo foi consumido. Três mulheres morreram, enquanto duas pessoas – a mulher que preparou o bolo e uma criança de 10 anos – permanecem hospitalizadas em estado estável. As vítimas eram parentes e haviam se mudado recentemente de Canoas devido a uma enchente que afetou suas residências.
Delegado fala sobre investigação
De acordo com o delegado que investiga este caso que repercute em todo o Brasil, na casa da mulher que preparou o bolo, em Arroio do Sal (RS), havia uma maionese vencida há cerca de um ano. “Havia de fato produtos vencidos na residência”, disse Marcos Vinícius.
Segundo o delegado, também foram encontrados um frasco de remédio sem as cápsulas contendo uma substância líquida branca e um inseticida que não tinha odor e que, segundo o delegado, não parecia um inseticida. Todos os detalhes estão sendo divulgados.
Hipóteses não são descartadas
O delegado responsável pelo caso não descarta envenenamento ou intoxicação alimentar. As duas hipóteses são as principais nesta investigação. Os corpos das três vítimas foram sepultados na cidade de Canoas, sob forte comoção de familiares e amigos que buscam resposta sobre o que aconteceu nesta tragédia. Ao todo, havia sete pessoas no café da tarde. Uma não comeu o bolo, mas todas as outras seis comeram e passaram mal – dessas, três morreram, um teve alta e dois seguem internados.