Recentemente, a cidade de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, foi palco de uma tragédia familiar que chamou a atenção das autoridades e da mídia. A investigação iniciou após a morte de Neuza Denize Silva dos Anjos e a internação de outras duas pessoas que consumiram um bolo durante uma confraternização familiar.
Resultados preliminares das análises laboratoriais indicaram a presença de arsênio, uma substância altamente tóxica, no sangue tanto de uma das vítimas quanto de sobreviventes. O delegado responsável pelo caso, Marcos Vinícius Veloso, confirmou a informação à RBS TV, destacando a gravidade da situação.
Delegado fala sobre resultado de exames
De acordo com as investigações, o material biológico foi coletado no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes e enviado ao Centro de Informação Toxicológico, onde se confirmou a presença do veneno. “Foi contatado arsênio”, declarou o delegado do caso.
Neuza foi uma das três pessoas que faleceram, com a causa oficial de morte sendo atribuída a “choque pós intoxicação alimentar”. As outras duas vítimas, Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva, também apresentaram parada cardiorrespiratória após o consumo do bolo. Atualmente, os dois sobreviventes estão hospitalizados, mas, de acordo com os últimos boletins médicos, encontram-se clinicamente estáveis.
Linhas de investigação
Um ponto intrigante da investigação é que a mulher que preparou o bolo foi a única a consumir duas fatias da iguaria. A análise do sangue dela revelou a maior concentração de arsênio, o que levanta questões sobre a origem do veneno. O delegado Veloso mencionou que a polícia está explorando diferentes linhas de investigação, incluindo a possibilidade de envenenamento intencional ou intoxicação alimentar acidental.