Uma das vítimas fatais do envenenamento provocado por um bolo na cidade de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, foi a professora Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos. Ela e outras duas pessoas faleceram após a ingestão do alimento na última segunda-feira, dia 23 de dezembro, às vésperas do Natal.
Nas redes sociais, amigos e familiares têm homenageado Maida, que era aposentada e dedicou mais de uma década de sua carreira à Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio de Janeiro, onde trabalhou entre 2015 e 2016. “Era uma pessoa doce, incentivadora, sempre pronta a auxiliar e orientar os outros. Como presente para o Dia dos Professores, em um ano, ela organizou um CD. Perguntou a cada professor a música que mais gostava. Na homenagem que a escola sempre fazia, ela entregou a cada professor um CD com a coletânea de músicas do grupo. Foi uma linda homenagem e todos nós amamos”, publicou uma amiga, identificada como Nivea Moreira, de 49 anos.
Exames periciais encontraram arsênio no sangue das vítimas
Além de Maida, faleceram também Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, irmã da professora; e Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos, filha de Neuza e sobrinha de Maida. Exames periciais realizados em uma amostra de sangue de Neuza identificaram a presença de arsênio, uma substância altamente tóxica.
A mesma substância também foi detectada no sangue da mulher que preparou o bolo e no de seu sobrinho-neto, uma criança de 10 anos. A cozinheira, que foi a única a comer duas fatias do bolo, apresentava a maior concentração de arsênio no sangue. Apesar disso, ela sobreviveu e, assim como o menino, permanece internada com quadro de saúde estável.
PCRS investiga o caso
O caso está sob investigação da PCRS (Polícia Civil do Rio Grande do Sul), que apura as circunstâncias do envenenamento. Duas linhas de investigação estão sendo seguidas: a de envenenamento proposital e a de intoxicação alimentar acidental. O bolo foi apreendido para realização de análises periciais.