As investigações sobre a tragédia em Torres (RS) revelaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes que consumiram um bolo durante uma reunião familiar ocorrida na segunda-feira (23).
O Hospital Nossa Senhora dos Navegantes confirmou o achado no sangue de Neuza Denize Silva dos Anjos, que faleceu, e em dois sobreviventes: a mulher responsável pelo preparo do bolo e uma criança de 10 anos. Ambos permanecem internados em estado estável. Na casa da mulher que fez o bolo, foram encontrados produtos vencidos.
Três mulheres morreram
O caso, que resultou em três mortes, é tratado como envenenamento ou intoxicação alimentar. As mulheres que morreram são Neuza Denise Silva, de 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, de 58, e Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43. Neuza e Maida eram irmãs. Tatiana era filha de Neuza.
A Polícia Civil investiga o ocorrido e realizou buscas na casa da mulher que preparou o bolo, onde encontrou diversos produtos fora da validade. Arsênio, substância tóxica e imprópria para o consumo humano, é geralmente usado na produção de pesticidas. Sua ingestão pode causar intoxicação crônica, com danos graves aos órgãos vitais, e em altas doses pode ser fatal.
Pessoas ouvidas
A Polícia Civil informou que já ouviu cerca de 15 pessoas na investigação deste caso que repercute em todo o Brasil. Os investigadores se preparam para ouvir a mulher que fez o bolo, mas isso só acontecerá quando ela estiver melhor. O quadro dela e do menino de 10 anos é estável, de acordo com boletim divulgado neste sábado (28).