O caso trágico envolvendo a morte de três pessoas que consumiram um bolo em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, continua a gerar repercussões e investigações. O delegado Cleber Lima, responsável pela apuração do ocorrido, revelou em entrevista à Band que os laudos da perícia são fundamentais para elucidar as circunstâncias da intoxicação.
Os exames, que devem ficar prontos no início de janeiro, são aguardados com expectativa, pois a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e de duas pessoas internadas foi detectada em análises preliminares.
Delegado fala sobre o caso
A substância em questão, o arsênio, é conhecida por ser um dos venenos mais letais, capaz de causar sérios danos à saúde, como intoxicação alimentar e até câncer. Desde 2013, seu uso foi restrito, sendo eliminado de inseticidas de uso doméstico, o que levanta questões sobre como esse veneno pode ter sido introduzido no bolo.
O delegado Lima revelou a importância de entender como e quando o envenenamento ocorreu, garantindo que as investigações estão sendo conduzidas de forma minuciosa para chegar a um desfecho satisfatório. “Nós temos a certeza de que nós chegaremos a um bom termo”, declarou Cleber Lima em entrevista à Band.
Mais sobre a investigação
Entre as vítimas estão as irmãs Maida Berenice da Silva, de 58 anos, Neuza Denize dos Anjos, de 65, e a filha de Neuza, Tatiana dos Anjos, de 43. A irmã que preparou o bolo, Zeli Teresinha dos Anjos, de 61 anos, junto com seu sobrinho de apenas 10 anos, permanece internada na UTI. A Polícia Civil já ouviu 15 pessoas próximas às vítimas e continua a reunir depoimentos para esclarecer o caso. A principal linha de investigação segue a hipótese de homicídio culposo, onde não há intenção de matar, mas que requer uma análise cuidadosa das evidências.