Um acidente aéreo devastador deixou 179 mortos e apenas dois sobreviventes na manhã deste domingo (29/12), horário local, no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul.
A tragédia ocorreu quando um Boeing 737-800, com 175 passageiros e seis tripulantes, saiu da pista, colidiu contra uma cerca e explodiu em chamas. Após a tragédia, as autoridades responsáveis pela investigação seguem em busca de descobrir todos os detalhes da queda do avião.
Autoridades deram aviso para avião antes de queda na Coreia do Sul
Autoridades locais confirmaram que a aeronave declarou sinal de emergência, um minuto após ser alertada pelos controladores de tráfego aéreo sobre o risco de colisão com pássaros. Apesar do aviso, a tragédia não pôde ser evitada na Coreia do Sul.
Segundo relatos iniciais, a tripulação do avião tentou realizar um pouso de emergência, mas a aeronave derrapou e se partiu em duas seções ao atingir o muro de proteção do aeroporto.
Aeroporto é conhecido por incidências com pássaros
Um dos sobreviventes da tripulação relatou que o avião colidiu com pássaros pouco antes do acidente, corroborando a suspeita inicial. Ainda assim, a causa exata do desastre está sob investigação.
O jornal sul-coreano Yonhap News destacou que o Aeroporto de Muan possui a maior incidência de colisões com pássaros entre os 14 aeroportos do país. Entre 2019 e 2023, o número de colisões com aves nos aeroportos sul-coreanos aumentou significativamente, passando de 108 casos em 2019 para 152 em 2022. Especialistas atribuem o aumento às mudanças climáticas, que alteram os padrões migratórios e o comportamento das aves.
Os dois sobreviventes, membros da tripulação, foram resgatados com vida da cauda do avião, que permaneceu parcialmente intacta. Ambos estão hospitalizados na Coreia do Sul com ferimentos graves. Enquanto isso, equipes de resgate continuam vasculhando a área para localizar possíveis corpos arremessados no impacto.