Crime doloso? Delegado se manifesta sobre as investigações das mortes após café da tarde com bolo no RS

Marcos Vinícius Veloso falou sobre o crime em entrevista ao programa Fantástico, da Globo.

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A morte de três mulheres da mesma família após um encontro com café da tarde e bolo de Natal em Torres, litoral gaúcho, está cercada de perguntas sem respostas. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul segue investigando o caso que deixou os moradores da cidade em choque.

O alimento, preparado por Zeli dos Anjos, foi consumido por seis pessoas, das quais três morreram, incluindo as irmãs de Zeli e sua sobrinha. Os exames iniciais revelaram a presença de arsênio no sangue de Zeli, Neuza e do menino de 10 anos, neto de uma das vítimas.

Delegado não acredita em crime doloso neste momento da investigação

A descoberta levanta a possibilidade de contaminação dos ingredientes usados no preparo do bolo. Segundo o delegado Marcos Vinicius Veloso, itens como frutas cristalizadas e uvas-passas podem ter sido reaproveitados após um apagão na casa da responsável pelo bolo em novembro.

Embora ainda não haja indícios claros de crime doloso, a polícia está analisando todas as possibilidades. “Nesta fase da investigação, nós não temos convicção de que possa ter ocorrido um crime doloso”, afirmou Veloso. Segundo o delegado, a família tinha divergências normais, como qualquer outro grupo familiar.

Mulher que fez o bolo foi ouvida informalmente

O delegado também revelou que Zeli, que está internada, já foi ouvida informalmente, mas um novo depoimento será colhido assim que ela tiver condições de colaborar mais amplamente com a investigação. Os peritos recolheram outros materiais na casa, além do bolo, para análise detalhada, incluindo alimentos e itens de preparo, na busca por respostas.