Delegado expõe reação de familiares antes de café da tarde com bolo de Natal no RS: ‘nem queriam muito comer’

Delegado deu detalhes sobre o que aconteceu antes do café da tarde que terminou em tragédia.

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Em meio às investigações sobre a morte de três pessoas da mesma família após o consumo de um bolo de Natal em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, o delegado Marcos Vinícius Veloso revelou detalhes sobre o comportamento dos familiares antes do café da tarde trágico.

Segundo depoimentos colhidos pela Polícia Civil, muitos dos presentes hesitaram em comer o doce devido ao sabor estranho, mas acabaram provando por consideração à cozinheira, Zeli dos Anjos, que preparou o alimento.

Delegado conta que algumas pessoas não queriam comer o bolo

De acordo com o delegado, Zeli é conhecida por ser muito carinhosa com os parentes e, por isso, alguns familiares evitaram recusá-lo. “Havia pessoas que inclusive nem queriam muito comer, mas para não fazer desfeita para ela, acabaram comendo”, explicou Veloso.

Os primeiros relatos de estranheza ocorreram logo nas primeiras mordidas, com um menino de 10 anos e outros familiares mencionando o gosto apimentado e desagradável do bolo. Ao notar os comentários, Zeli tentou interromper o consumo do doce colocando a mão sobre ele e pedindo que ninguém mais o comesse.

Vítimas fatais

Três pessoas morreram: Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos. A investigação aponta a presença de arsênio no sangue das vítimas, conforme exames realizados no hospital onde os sobreviventes estão internados. A origem da substância ainda é desconhecida. Entre os presentes, o marido de Neuza, João, não consumiu o bolo e não apresentou sintomas, enquanto o marido de Maida, Jeferson, chegou a ser hospitalizado, mas já recebeu alta.