Segundo delegado, mulher que preparou bolo ‘é tida como uma pessoa muito carinhosa com os familiares’

Durante pronunciamento público, Marcos Vinícius Veloso fez revelação sobre Zeli dos Anjos.

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O caso trágico que resultou na morte de três mulheres da mesma família em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, ganhou novos contornos com as declarações do delegado Marcos Vinícius Veloso à RBS TV. Durante as investigações, ele revelou que as sete pessoas que consumiram o bolo preparado por Zeli dos Anjos, de 60 anos, notaram um gosto estranho logo nos primeiros pedaços.

O sabor apimentado e desagradável levou Zeli a interromper o consumo do doce, preocupada com as reações dos familiares. A bondade e o carinho que ela sempre demonstrou pelos familiares foram confirmados por Veloso, que mencionou que muitos apenas comeram o bolo para não desagradar a parente que preparou o doce.

Delegado revela como Zeli é vista pela família

“Ela [Zeli], que é tida como uma pessoa muito carinhosa com os familiares”, revelou o delegado, ao confirmar o que muitos que acompanham o caso já imaginavam sobre a personalidade carinhosa de Zeli com a família. A verdadeira face da mulher que preparou o bolo foi exposta pelo investigador após ouvir testemunhas que falaram com afeto sobre Zeli.

As vítimas fatais, irmãs de Zeli, foram identificadas como Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, além da filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos. Zeli, que também consumiu o bolo, permanece internada, assim como um neto de Neuza, ambos em estado clínico estável. O marido de Neuza não apresentou sintomas, mas o esposo de Maida, que comeu o bolo, foi hospitalizado e já recebeu alta. A situação da família, que sempre foi descrita como harmoniosa, levanta questões sobre o que pode ter ocorrido.

Investigações sobre o caso continuam

A Polícia Civil continua a investigar a possível presença de arsênio no sangue das vítimas, uma hipótese que surgiu após exames realizados. A origem do contaminante ainda é desconhecida, e as autoridades já ouviram cerca de 15 pessoas no inquérito. Para aprofundar a investigação, policiais realizaram diligências em Canoas, Arroio do Sal e Torres, buscando coletar mais provas e ouvir familiares sobre a dinâmica do que teria acontecido no dia do incidente.  Enquanto isso, a imagem de Zeli como uma pessoa carinhosa e atenciosa com seus familiares permanece intacta, deixando todos a se perguntarem como um momento de celebração se transformou em uma tragédia inominável. Zeli deve ser ouvida pela polícia assim que sua condição de saúde permitir, podendo esclarecer ainda mais os acontecimentos que cercam o caso.