Uma tragédia abalou a cidade de Torres, no Litoral Norte, quando um bolo consumido em uma reunião familiar resultou na morte de três pessoas. Entre os sobreviventes, um menino de apenas 10 anos se encontra hospitalizado e, em um gesto tocante, escreveu uma carta pedindo orações por sua mãe, Tatiana Denize Silva dos Anjos, e sua avó, Neuza Denize Silva dos Anjos, que faleceram devido a complicações relacionadas à suposta intoxicação alimentar provocada pelo alimento.
O garoto, que não pôde comparecer ao velório, se dirigiu a dois padres que costumavam celebrar missas frequentadas por sua família, expressando sua dor e seu desejo de que suas entes queridas descansem em paz. Suas palavras emocionaram o sacerdote Leonir Alves.
Menino faz pedido comovente
Na carta, o menino escreve: “Querido padre Leonir ou Almo, quero pedir que minha mãe, dinda e vó descansem em paz. Que Deus acolha elas e dê a paz eterna”. A mensagem do menino foi entregue ao padre Leonir Alves, da Paróquia São Domingos de Torres, durante uma missa. Ele ficou profundamente emocionado ao ler as palavras da criança, que refletiam a inocência e a tragédia da situação. A comunidade, ao final da celebração, uniu-se em oração, solidificando o apoio coletivo a uma família que enfrenta um luto devastador.
Após a missa, o padre Leonir visitou o menino no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, onde ele se recupera. O garoto, que havia recentemente deixado a UTI, estava animado e esperançoso, mencionando que apenas um remédio o separava de voltar para casa. Ele também recordou o ocorrido, relatando que os sintomas surgiram rapidamente após o consumo do bolo. Essa simplicidade e clareza na narrativa do menino trouxeram um novo ânimo ao padre, que se disse tocado pela força da criança em meio à dor.
Familiares que comeram o bolo estão internados
Das sete pessoas que comeram o bolo, duas permanecem internadas, incluindo Zeli dos Anjos, a responsável pela receita que se tornou fatal. Enquanto o garoto continua a receber cuidados médicos, sua história ressoa como um lembrete do valor da vida e da força que a fé e a comunidade podem oferecer em momentos de crise. Em um período que deveria ser de celebração, a dor da perda se transforma em um chamado à compaixão e à união.