Rússia afirma ter abatido oito mísseis de fabricação americana e promete retaliação com novo míssil de capacidade nuclear

O Kremlin acusou os Estados Unidos de terem fornecido mísseis utilizados pelos ucranianos contra o território russo.

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A Rússia informou ter abatido oito mísseis ATACMS, fabricados nos Estados Unidos, que teriam sido disparados do território ucraniano na manhã deste sábado, dia 4 de janeiro. De acordo com o governo russo, os mísseis, conhecidos por sua capacidade de atingir alvos a até 300 quilômetros com alta precisão, foram interceptados por um avançado sistema antiaéreo, composto por 72 veículos aéreos não tripulados (UAVs).

A ação foi classificada pelo Kremlin como uma escalada significativa no conflito, com potencial de transformá-lo em uma crise global. Para Moscou, o envolvimento direto dos Estados Unidos no fornecimento de armamentos para a Ucrânia reforça o papel do Ocidente no prolongamento da guerra. O governo russo, em resposta, prometeu retaliações severas contra os ataques realizados com armamento americano.

Moscou promete retaliação

O presidente Vladimir Putin adotou um tom ameaçador ao afirmar que considera utilizar o míssil balístico de última geração com capacidade nuclear, denominado Oreshnik. Ele destacou que a arma seria capaz de atingir Kiev com facilidade e questionou ironicamente se os sistemas antiaéreos fornecidos pelo Ocidente seriam eficazes contra o novo armamento russo.

Rússia acusa o Ocidente pela continuidade da guerra contra a Ucrânia

O Kremlin argumenta que a resistência ucraniana se mantém graças ao financiamento e suporte militar das potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos. Em novembro de 2024, o presidente americano Joe Biden havia autorizado o uso de ATACMS pela Ucrânia, justificando a medida como uma resposta à suposta participação de tropas da Coreia do Norte no front de batalha ao lado da Rússia.

O cenário atual reflete um aumento significativo nas tensões, enquanto a comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos desse conflito cada vez mais polarizado. Nesse contexto, a expectativa é grande para a posse do presidente Donald Trump, que acontece no próximo dia 20 de janeiro, para compreender qual será a postura dos Estados Unidos na guerra.