‘Petista, baixa e preta’: mulher é denunciada por injúria contra funcionária de pet shop e é demitida de hospital

Unidade onde a profissional trabalhava emitiu nota informando sobre a demissão.

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Um grave episódio de injúria racial em uma loja da rede Petz, em Salvador, resultou no desligamento imediato de Camilla Ferraz Barros, que ocupava o cargo de gerente de operações no Hospital Mater Dei Salvador. O incidente, que viralizou nas redes sociais, expôs um comportamento discriminatório que contraria os valores fundamentais da instituição de saúde.

O episódio começou de forma aparentemente corriqueira, quando a ex-funcionária buscava medicação veterinária para seu felino. A situação, no entanto, deteriorou-se rapidamente quando ela recebeu orientações sobre as opções de vermífugos disponíveis, resultando em uma reação hostil e desproporcional contra a atendente da loja.

Funcionária é alvo de racismo em petshop

As autoridades policiais da 9ª Delegacia Territorial da Boca do Rio assumiram a investigação do caso, que pode resultar em múltiplas acusações, incluindo injúria racial, lesão corporal culposa e ameaça. A complexidade do incidente demanda uma investigação minuciosa para apurar todas as infrações cometidas.

O comportamento agressivo estendeu-se além das ofensas verbais, com tentativas de impedir o registro em vídeo do ocorrido. Testemunhas presentes no local relataram que a agressora tentou interferir na gravação, exigindo que as imagens fossem deletadas e tentando tomar o aparelho celular de quem documentava a situação.

Hospital demite mulher após caso de racismo

O Hospital Mater Dei Salvador agiu rapidamente após a repercussão do caso, emitindo um comunicado oficial que deixa clara sua posição. “O Hospital Mater Dei de Saúde não tolera qualquer ato discriminatório por parte de seus integrantes e reafirma o seu compromisso com a igualdade e a inclusão“, enfatizou a instituição em sua nota.

A gravidade do incidente intensificou-se quando a ex-gerente, além de proferir ofensas racistas, apresentou-se falsamente como autoridade judicial e chegou a ameaçar a funcionária com voz de prisão. “Petista, baixa e preta“, disse a mulher, evidenciando o caráter racista do ataque.