A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou, nesta segunda-feira (6), que a causa das mortes de três pessoas que consumiram um bolo em Torres foi o envenenamento por arsênio. O crime, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, levou à prisão temporária de Deise Moura dos Anjos, nora da mulher que preparou o bolo, sob a acusação de triplo homicídio duplamente qualificado.
Em pronunciamento à imprensa, o delegado Marcus Vinícius Veloso, responsável pela investigação, destacou que as evidências são robustas e apontam para a responsabilidade de Deise, que está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres.
Delegado se pronuncia
Segundo Marcus Vinícius, são “robustas as provas que apontam que ela (Deise Moura dos Anjos) é a autora [dos crimes]”. O delegado apontou a ação criminosa da nora da mulher que preparou o bolo como dolosa e afirmou que ela teve a intenção de cometer o crime.
Ainda durante coletiva de imprensa o delegado Veloso informou que a investigação está em andamento e que a polícia busca esclarecer o motivo do crime, bem como a origem do arsênio e o momento em que foi adicionado à farinha.
Resultados periciais
De acordo com Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias (IGP), as análises revelaram concentrações alarmantes de arsênio nas vítimas, com uma delas apresentando níveis 350 vezes superiores ao limite letal. As vítimas fatais, identificadas como as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, além da filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, consumiram o bolo em uma reunião familiar.