Essa seria a mulher que teria envenenado o bolo que matou a família no RS; o que se sabe até o momento?

A suspeita pelo envenenamento da família com um bolo foi presa preventivamente.

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) informou ter reunido um robusto acervo probatório que aponta para Deise Moura dos Anjos como responsável pelo envenenamento de um bolo com arsênio. O crime, ocorrido no dia 23 de dezembro do ano passado na cidade de Torres, no litoral gaúcho, provocou três óbitos dentro de uma mesma família.

Deise foi detida e encaminhada ao Presídio Estadual Feminino de Torres, onde permanece à disposição da Justiça. O caso está sendo tratado pela PCRS como um triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e emprego de veneno, além de tripla tentativa de homicídio qualificado. O mandado de prisão expedido contra a suspeita tem validade de 10 dias.

Provas apontam envenenamento premeditado

Segundo Marghet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias, Deise teria envenenado a farinha utilizada na preparação do bolo. Já o delegado Marcus Vinícius Veloso, responsável pelas investigações, afirmou em coletiva de imprensa que as evidências são contundentes e indicam que o envenenamento foi premeditado.

“Foram identificadas concentrações altíssimas de arsênio nas três vítimas. Tão elevadas que são tóxicas e letais. Para se ter ideia, 35 microgramas já são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, havia concentração 350 vezes maior”, diz Marguet.

Vítimas e impacto do crime

As vítimas fatais do crime foram identificadas como Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos. Zeli dos Anjos, sogra de Deise e responsável pela preparação do bolo, também foi envenenada, mas, segundo os investigadores, desconhecia a contaminação. Além disso, uma criança de 10 anos, que também consumiu o bolo envenenado, recebeu alta hospitalar na última sexta-feira.