Deise Moura, suspeita de envenenar um bolo que causou a morte de três pessoas da mesma família em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, teve a prisão temporária mantida após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (06/01).
A Justiça decidiu que a investigada de envenenamento por arsênio permanecerá detida por 30 dias no Presídio Estadual Feminino de Torres, a fim de que as investigações revelem mais detalhes sobre o ocorrido.
Deise Moura sofre duras acusações em meio às investigações
Deise, nora de Zeli dos Anjos, que preparou o bolo consumido pelas vítimas, é acusada de triplo homicídio duplamente qualificado e de tripla tentativa de homicídio qualificado. A gravidade do crime chocou os moradores da cidade de Torres.
A defesa da investigada afirmou em nota que a prisão temporária tem caráter investigativo e que ainda há “diversos questionamentos e respostas em aberto neste caso”.
Polícia Civil encontrou pesquisas da suspeita sobre arsênio na internet
A apuração conduzida pela Polícia Civil e o Tribunal de Justiça do RS revelou que Deise realizou pesquisas na internet sobre arsênio em novembro, semanas antes do envenenamento ocorrido em dezembro de 2024.
Relatórios preliminares de dados extraídos do celular da suspeita indicam buscas por termos relacionados à substância. Vale lembrar que a substância é um elemento químico que pode ser liberado naturalmente ou por ação humana e, em certos contextos, é utilizado na fabricação de pesticidas.
As vítimas fatais do envenenamento foram três mulheres, todas da mesma família. Outras pessoas também consumiram o bolo e apresentaram sintomas graves, mas sobreviveram. Entre os sobreviventes está um menino de 10 anos, que segue internado, mas apresenta quadro clínico estável.