Perícia afirma que arroz foi envenenado momentos antes de ser consumido pela família; intoxicação causou 3 mortes

Investigação revela que arroz, e não o peixe, continha a substância tóxica que resultou em mortes.

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Um fato trágico abalou a cidade de Parnaíba, no Piauí, onde uma família sofreu envenenamento após ingerir um prato de baião de dois contaminado com uma substância venenosa. Na madrugada desta segunda-feira (6), Lauane da Silva, de apenas três anos, faleceu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), tornando-se a terceira vítima mortal desse episódio.

Um tio de Lauane, de 18 anos, e seu irmão, de um ano e oito meses, também perderam a vida. A mãe, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e uma irmã, continuam hospitalizadas.

Mudança no rumo das investigações do peixe para o arroz

As autoridades focaram suas investigações na origem do peixe, mas foram surpreendidas pelos resultados laboratoriais que apontaram o arroz como o veículo da substância tóxica. A confirmação mudou o rumo das investigações e trouxe novas questões sobre como o arroz foi contaminado.

A perícia detectou o veneno no arroz consumido pela família, que foi preparado e ingerido na noite de 31 de dezembro. A mesma refeição foi utilizada no dia 1º de janeiro, quando a família passou mal. O laudo pericial indicou que um inseticida, encontrado nos corpos das vítimas fatais, foi adicionado à comida apenas no almoço.

A intoxicação acontece poucos momentos após ingerido o veneno

Cientificamente, o veneno dá reações até 1 hora após a alimentação, começa nesse prazo e depois vai só aumentando. Geralmente, em até 4 horas se estabeleceu o que já tinha que se estabelecer. Coletamos o sangue de todos ainda no hospital, inclusive dos que morreram.“, apontou uma autoridade pericial.