Três pessoas morreram e uma permanece hospitalizada após consumirem um bolo envenenado em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na véspera do Natal. A contaminação foi confirmada pela diretora do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Mittman, que afirmou que a farinha utilizada para fazer o bolo foi a fonte da substância tóxica.
O arsênio, identificado no caso, é uma substância altamente perigosa para a saúde humana, e dependendo da concentração, pode ser fatal. De acordo com Rafael Lanaro, presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia, os primeiros sinais de envenenamento por arsênio incluem irritação nas mucosas nasais e sangramentos.
Sintomas após a ingestão de arsênio
Após esses sintomas iniciais, a pessoa afetada pode começar a sentir náuseas, vômitos e cólicas abdominais. Com a evolução do quadro, pode ocorrer diarreia, que pode ser de intensidade moderada a severa. Lanaro explica que exposições a partir de 20 miligramas de arsênio podem ser graves, e as doses letais variam entre 200 e 300 miligramas.
Além da morte, o envenenamento por arsênio pode levar a complicações no sistema digestivo, afetar o sistema nervoso e, em casos mais graves, causar doenças hepáticas. O tratamento contra a intoxicação é possível, mas depende de uma resposta rápida.
Combate aos efeitos do arsênio
Para combater os efeitos do arsênio, o Ácido Dimercaptossuccínico (DMSA), um antídoto específico para intoxicação por metais pesados, é utilizado. Esse tratamento está disponível em centros de toxicologia e hospitais.
Os sintomas do envenenamento por arsênio podem surgir rapidamente, em até 30 minutos após a ingestão. A rapidez no diagnóstico e no início do tratamento é crucial para evitar complicações graves. Embora a intoxicação por arsênio seja rara, ela pode ser tratada eficazmente se detectada a tempo.