‘Eu chamava ela de Naja’: suspeita de envenenar bolo assume brigas com a sogra e confessa o motivo das desavenças

Em depoimento prestado à polícia, Deise falou a respeito dos desentendimentos com Zeli.

PUBLICIDADE

Em um depoimento revelador à Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Deise Moura dos Anjos, atualmente sob prisão temporária, compartilhou detalhes sobre a sua conturbada relação com a sogra, Zeli dos Anjos, em meio a uma investigação sobre a morte de três mulheres após a ingestão de um bolo em Torres, no Rio Grande do Sul.

Deise negou qualquer envolvimento nas fatalidades, mas reconheceu a existência de conflitos familiares e tensões que culminaram em desentendimentos severos, incluindo brigas com a sogra.

Deise fala sobre a relação com Zeli

“Eu chamava ela de ‘Naja’, mas nunca desejei a morte dela ou de ninguém da família”, declarou Deise, ressaltando a complexidade da relação com a sogra. Durante o depoimento, Deise confessou que o motivo das desavenças foram por questões financeiras e outros desentendimentos.

Deise ainda admitiu ter realizado pesquisas na internet sobre venenos letais, o que levantou suspeitas entre as autoridades. Embora tenha justificado as buscas como uma tentativa de compreender a morte do sogro, os termos buscados, como “reagente químico fatal” e “sintomas de intoxicação por arsênio”, foram considerados alarmantes e contribuíram para o pedido de sua prisão temporária. A suspeita também fez as pesquisas após a morte das três familiares que comeram o bolo.

Exames confirmaram veneno no bolo

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou a presença de arsênio na farinha utilizada no bolo, o que evidencia a origem da contaminação e complica ainda mais a situação de Deise. A defesa dela argumenta que as prisões têm caráter investigativo e que muitas perguntas permanecem sem resposta.