A investigação em torno da trágica morte de três membros de uma família em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, ganhou novos contornos com o depoimento de Deise Moura dos Anjos, nora das vítimas, que está presa temporariamente sob a acusação de triplo homicídio e tentativas de homicídio.
No dia 26 de dezembro, Deise visitou sua sogra, Zeli dos Anjos, uma das sobreviventes do caso, no hospital e questionou sobre os ingredientes utilizados no bolo que teria causado a fatalidade. O depoimento revela que ela manifestou preocupação com as uvas-passas e frutas cristalizadas, que segundo ela, estavam armazenadas de forma inadequada.
A visita da nora à Zeli
Durante a visita no hospital, Deise levou água, suco e chocolate para a sogra, mas os lacres das bebidas estavam rompidos, segundo relatou familiar que acompanhava Zeli. Este detalhe se torna ainda mais relevante em meio às investigações sobre ouso de arsênio no bolo preparado para a celebração de Natal, que resultou nas mortes.
A defesa de Deise, por sua vez, argumenta que as prisões temporárias são meramente investigativas e que ainda há muitas perguntas sem resposta no caso, enquanto a suspeita alega não ter qualquer responsabilidade sobre as mortes na família.
Deise tinha relação conturbada com a sogra
A relação entre Deise e sua sogra não era a mais harmoniosa. Em seu depoimento, Deise revelou ter tido desavenças com Zeli ao longo dos anos, mencionando até mesmo ter a chamado de “Naja”. Apesar disso, ela afirmou que nunca desejou a morte de Zeli ou de qualquer membro da família. A polícia também investiga a morte de Paulo, marido de Zeli, que faleceu em setembro após uma suposta intoxicação alimentar. Deise confirmou ter pesquisado sobre venenos e reagentes químicos fatais em seu telefone, levantando ainda mais questionamentos sobre sua possível ligação com as mortes.