A investigação sobre o caso do bolo envenenado que resultou na morte de três mulheres da mesma família em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, trouxe à tona novas evidências. Deise Moura dos Anjos, nora da idosa Zeli Teresinha dos Anjos, realizou buscas na internet por termos como “veneno para humanos” e “veneno para o coração”.
Segundo os registros, as pesquisas ocorreram em novembro de 2024, enquanto ela estava na casa da sogra. De acordo com o delegado Marcos Vinícius Veloso, responsável pelo caso, há indícios de que Deise tenha manipulado ingredientes utilizados no bolo preparado por Zeli. O alimento continha arsênio, substância tóxica que causou a morte de três mulheres após ser consumido durante o Natal. Apesar de ter comido duas fatias do bolo, a idosa sobreviveu e segue internada.
Deise está presa
A prisão temporária de Deise foi decretada no último domingo (5) pela suspeita de triplo homicídio qualificado por motivo fútil e emprego de veneno, além de três tentativas de homicídio. A mulher, que está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres, alega que pesquisou sobre veneno apenas para entender a morte de Paulo, seu sogro, que faleceu em setembro de uma suposta intoxicação alimentar.
O arsênio, substância encontrada no bolo, é um elemento químico extremamente tóxico. Segundo o professor André Valle de Bairros, da Universidade Federal de Santa Maria, a forma mais comum e perigosa de envenenamento por arsênio é o trióxido de arsênio, conhecido como arsênico. A substância é inodora e insípida, o que dificulta sua identificação em alimentos.
Investigação de bolo envenenado continua
As autoridades continuam coletando provas para esclarecer as circunstâncias do crime. Perícias toxicológicas e análises de dispositivos eletrônicos de Deise estão em andamento. O caso segue repercutindo em todo o Brasil.