Foi concluída na manhã desta quarta-feira, dia 08 de janeiro, a exumação do corpo do sogro de Deise Moura dos Anjos. Segundo a PCRS (Polícia Civil do estado do Rio Grande do Sul), ela é a principal suspeita de ter aplicado arsênio na farinha utilizada para a confecção de um bolo, consumido por vários integrantes da família do marido em Torres, no litoral gaúcho.
Três parentes faleceram devido ao envenenamento pelo pesticida: Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47 anos. Zeli dos Anjos, de 60 anos, que preparou o bolo sem saber da contaminação, continua internada. O marido de Maida e uma criança de 10 anos também foram hospitalizados, mas ambos já receberam alta.
Secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul se manifesta após a exumação do corpo
Ao jornal O Globo, o secretário da SSP-RS (Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul), Sandro Caron, confirmou a conclusão da exumação do corpo do sogro de Deise Moura. Ele afirmou que os restos mortais já estão sendo analisados por peritos.
A expectativa é de que os resultados sejam divulgados até o início da próxima semana. Dependendo do que for constatado, mais um homicídio poderá ser relacionado à sequência de envenenamentos investigada pela PCRS.
“Depois que toda essa história e esse crime gravíssimo veio à tona, é natural ter surgido a suspeita em relação a esse óbito que aconteceu em setembro. A perícia do corpo está sendo feita, e nossa expectativa é [que] já teremos os resultados até o início da semana que vem. Confirmando a causa da morte por envenenamento, esse será mais um homicídio doloso [que] será imputado à suspeita, que já está presa”, informou o secretário à fonte mencionada.
Suspeita pelo envenenamento de bolo em Torres segue presa preventivamente
O TJRS (Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do Sul) determinou a prisão preventiva de Deise Moura dos Anjos por 30 dias, após a realização de uma audiência de custódia. Até o momento, os investigadores da PCRS já ouviram o depoimento de 12 pessoas. Com base nas evidências coletadas até agora, a PCRS acredita que Deise Moura tenha agido sozinha.