Neuza Denize da Silva dos Anjos, de 65 anos, era uma figura conhecida e querida na cidade de Canoas, onde administrava uma loja de artigos esportivos. Reconhecida por sua simpatia e habilidades de vendedora, ela era admirada por todos que a conheciam. Contudo, uma tragédia abalou profundamente seus amigos e familiares no dia 23 de dezembro, quando Neuza faleceu após ingerir um bolo envenenado.
Após a morte inesperada de sua esposa, João Joaquim dos Anjos optou por reabrir a loja que Neuza administrava com tanto carinho. Em uma entrevista exclusiva, ele contou que essa decisão foi uma forma de tentar amenizar o sofrimento da perda e encontrar forças para seguir em frente, depois de perder não só sua esposa, mas também sua filha Tatiana Denize da Silva dos Anjos e sua cunhada Maida Berenice Flores da Silva.
Marido de vítima de envenenamento relembra tragédia que ceifou sua família
João Joaquim recordou com tristeza o dia trágico e, visivelmente abalado, demonstrou não conseguir entender as motivações que poderiam ter levado alguém a envenenar sua família. Ele mencionou que, naquele dia, sua esposa estava empolgada com o encontro das irmãs, que sempre tiveram uma relação muito próxima, se reunindo sempre que podiam para conversar e se divertir.
Naquele dia, todos se sentaram à mesa para compartilhar o bolo, mas João revelou que não teve apetite e deixou para comer mais tarde. O que parecia ser um encontro tranquilo logo se transformou em um pesadelo. João Joaquim relatou que, após servir um café, ele percebeu que as vítimas começaram a passar mal rapidamente.
Médicos achavam que vítimas de envenenamento estavam com infecção bacteriana
Desesperado, ele correu com os familiares até o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. Inicialmente, os profissionais de saúde diagnosticaram que se tratava de uma infecção bacteriana, mas com o falecimento de uma das vítimas, o diagnóstico foi descartado.
Viúvo de vítima de envenenamento fala sobre prisão de Deise, suspeita de cometer o crime
João Joaquim revelou que ficou surpreendido ao saber da prisão de Deise Moura dos Anjos, suspeita de estar envolvida no caso do envenenamento que tirou a vida de sua esposa, filha e cunhada.
De acordo com João, a prisão foi algo difícil de acreditar. Ele relatou que Deise sempre fez parte do círculo familiar, participando de momentos alegres e descontraídos com todos. “Ela estava sempre com a gente, rindo e brincando”, disse o viúvo.
Ele explicou que, após o ocorrido, a casa de todos foi lacrada, com ninguém podendo entrar ou sair, o que indicava que a polícia estava determinada a encontrar alguma evidência que esclarecesse o caso. “Se prenderam, imagino que é porque acharam alguma coisa”, afirmou João Joaquim.