As investigações em torno do caso de envenenamento em Torres, no Rio Grande do Sul, ganharam novos desdobramentos com a confirmação da presença de arsênio no corpo de Paulo Moura, sogro de Deise Moura dos Anjos, de 39 anos.
A revelação foi feita em uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (10) pela delegada Sabrina Deffente, que afirma não haver dúvidas de que se trata de homicídios em série. Deise é investigada não apenas pela morte de seu sogro, que ocorreu em setembro do ano passado, mas também pela morte de três outros familiares que consumiram um bolo envenenado.
Delegada fala sobre Deise
O caso começou a ganhar notoriedade quando três membros da família de Deise morreram após ingerirem a sobremesa, que estava contaminada com arsênio. Inicialmente, a morte do sogro foi atribuída a uma intoxicação alimentar, mas a nova análise do corpo levou os investigadores a reavaliar as circunstâncias do falecimento.
A delegada Deffente destacou que Deise não apenas adquiriu o veneno, mas também o utilizou de forma intencional para causar a morte de seus familiares. “A gente não tem dúvida de que se trata homicídios e tentativas de homicídios em série e que, durante muito tempo, realizava”, disse Sabrina.
A prisão da suspeita
Deise Moura dos Anjos foi detida no último domingo (5) e teve a prisão temporária decretada por 30 dias. Durante este período, as autoridades continuam a investigar a extensão dos crimes, que podem incluir até quatro homicídios dolosos qualificados, além de tentativas de homicídio em relação aos outros familiares. A gravidade dos crimes e o impacto emocional sobre a comunidade têm gerado grande atenção da mídia e da população local, que acompanham ansiosamente os desdobramentos do caso.