O caso do envenenamento de uma família em Torres, no Rio Grande do Sul, ganhou novos desdobramentos após a confirmação de que Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise Moura dos Anjos, foi vítima de arsênio antes de sua morte em setembro. A informação, obtida por meio de exames realizados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), reforça as suspeitas contra Deise, que está presa desde domingo (5).
Paulo Luiz faleceu após consumir alimentos entregues por Deise, incluindo bananas e leite em pó. O mesmo veneno foi identificado no bolo de reis que matou três pessoas da família no Natal. As investigações apontam que a farinha usada no preparo do doce foi contaminada intencionalmente, com indícios de que a suspeita planejou os crimes para atingir múltiplas vítimas.
Arsênio foi usado no bolo envenenado
O padrão de comportamento investigado pelas autoridades sugere uma ação calculada e metódica. Especialistas destacam que o uso de arsênio, conhecido por ser inodoro e insípido, dificulta a identificação inicial do envenenamento. Além disso, a substância é letal em pequenas quantidades, o que a torna uma escolha comum em crimes premeditados.
Deise Moura já responde por triplo homicídio relacionado ao caso do bolo de Natal. Com a confirmação de arsênio no corpo de Paulo Luiz, a acusação contra ela pode ser ampliada para incluir mais uma morte. Caso seja condenada por múltiplos homicídios qualificados, a pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.
Entrevista coletiva da polícia
Subchefe de polícia, o delegado Heraldo Guerreiro falou durante a entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (10). Ele estava ao lado de outras autoridades e foi direto ao falar sobre Deise dos Anjos. “Provavelmente, não sairá da cadeia nesta vida”, afirmou.