A investigação em torno de Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, ganhou contornos alarmantes após a confirmação da presença de arsênio no corpo de seu sogro, que faleceu em setembro do ano passado.
Inicialmente, a morte de Paulo foi atribuída a uma intoxicação alimentar, mas a recente análise forense levantou suspeitas de homicídio. Deise é acusada de envenenar um bolo que levou à morte de três familiares, todos após ingerirem a sobremesa contaminada.
Autoridades falam sobre Deise
Em coletiva de imprensa, a delegada Sabrina Deffente afirmou que não restam dúvidas sobre a intenção criminosa de Deise, que teria agido de forma premeditada e sistemática, configurando um possível caso de assassinatos em série. A detenção de Deise ocorreu no último domingo, quando a Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias.
As acusações podem se agravar ainda mais, pois, além de ser investigada por quatro homicídios dolosos qualificados, ela também enfrenta três tentativas de homicídio. O delegado Marcos Vinicius Veloso, que coordena a investigação, descreveu a investigada como alguém com “uma postura fria”, destacando que suas respostas eram sempre rápidas e tranquilas, mesmo diante das graves acusações que pesam sobre ela.
Suspeita pesquisou por veneno
De acordo com as autoridades, Deise demonstrou um conhecimento notável sobre venenos, tendo pesquisado especificamente a água-tofana, um veneno histórico utilizado por mulheres para eliminar seus maridos no século XVII. Essa busca pela substância letal culminou na aquisição de arsênio, que se tornou a ferramenta do crime. A maneira metódica como a investigada teria se preparado para cometer os assassinatos sugere um planejamento minucioso, algo que aumenta a gravidade das acusações e o interesse da polícia no desenrolar do caso.