Polícia revela quem era o alvo da suspeita de envenenar bolo e aponta qual seria a motivação do crime

Nesta sexta-feira (10), autoridades se manifestaram com novas informações sobre o caso.

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A investigação sobre o caso do bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul, tomou um rumo alarmante com a revelação da Polícia Civil de que a principal suspeita, Deise Moura dos Anjos, tinha como alvo sua própria sogra, Zeli dos Anjos.

A motivação para o crime remonta a uma rixa familiar, originada de uma mágoa antiga ligada a um valor de R$ 600, que, embora tenha sido quitado rapidamente, deixou marcas profundas no relacionamento entre as duas. O caso, denominado “Operação Acqua Toffana”, faz alusão a um veneno histórico à base de arsênio, utilizado em assassinatos no século XX.

Mais sobre as investigações da polícia

A investigação revelou que o veneno, que resultou na morte de quatro pessoas e deixou outras duas hospitalizadas, estava inicialmente destinado a um bolo que seria consumido em um encontro de amigas de Zeli. No entanto, com o cancelamento desse encontro, a farinha contaminada foi utilizada em um bolo da família, culminando em tragédias inesperadas.

A polícia apontou que Zeli era a única constante nas ocasiões em que Deise levou veneno à mesa, reforçando a suspeita de que ela era o alvo principal da ação criminosa. Desde o dia 5 de janeiro, Deise Moura dos Anjos se encontra presa preventivamente, enfrentando acusações de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio.

Sogro teria sido vítima de Deise

A investigação indica que ela não apenas pesquisou e comprou o veneno pela internet, mas também o utilizou de maneira deliberada para cometer os crimes. Segundo o delegado Marcos Veloso, as evidências coletadas são robustas, indicando que Deise é responsável pelas mortes, incluindo a de seu sogro, cuja exumação confirmou a presença de arsênio em níveis alarmantes.