‘Provavelmente, eu não vá para o paraíso’, desabafou Deise, suspeita de envenenar e matar familiares

Após ser presa acusada de assassinatos, a polícia revelou que encontrou um bilhete em que Deise esboçava preocupação com seu futuro.

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 A polícia está investigando Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, sob a suspeita de envolvimento em uma série de assassinatos. Ela é acusada de envenenar um bolo com arsênio, que resultou na morte de três familiares em Torres, no Rio Grande do Sul. A substância tóxica foi encontrada também no corpo do sogro de Deise, que faleceu em setembro do ano passado, segundo a perícia.

De acordo com os investigadores, a mulher teria tentado ocultar evidências após a morte de seu sogro, tentando até cremar o corpo dele, possivelmente para destruir provas. A polícia revelou a informação em uma entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (10), onde os detalhes sobre o caso foram oficialmente confirmados. 

Deise Moura dos Anjos é investigada por homicídios em série com arsênio

Segundo as investigações, a suspeita adquiriu e usou o veneno com a intenção de matar, o que configura homicídios e tentativas de homicídios em série. A mulher, ao buscar por venenos, teria descoberto a água-tofana, uma substância histórica usada por mulheres no século XVII para cometer assassinatos, e, ao aprofundar suas pesquisas, encontrou o arsênio, que foi utilizado nos crimes pelos quais é suspeita. 

A polícia revelou que Deise adquiriu o veneno usado nos homicídios pela internet, antes da morte de seu sogro. De acordo com as autoridades, ela pesquisou minuciosamente a substância, antes de comprá-la. A polícia também apurou que Deise procurou uma receita de veneno inodoro, para que o cheiro e o sabor passassem despercebidos

Em bilhete, Deise pediu orações para pessoa próxima 

Durante uma coletiva de imprensa, o delegado revelou que Deise Moura dos Anjos escreveu um bilhete antes de ser presa, direcionado a uma pessoa próxima. No conteúdo da mensagem, Deise expressou preocupação com o futuro de seu filho e pediu que a pessoa cuidasse dele. Ela também mencionou a necessidade de muitas orações, pois acreditava que, após seu falecimento, não iria para um bom lugar. “Porque quando eu morrer, provavelmente eu não vá para o paraíso”, disse a suspeita.